sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Questões morais

Baseado no texto anterior, levanto aqui algumas reflexões acerca da moral e da natureza de nosso sentido de moral:

  • Na história da evolução das espécies, qual o papel da moral e sua importância na preservação da espécie humana?
  • Há propriedades universais para nossas valorações morais, fazendo assim sentido falarmos em uma "gramática moral"? (Algo parecido com o que Noam Chomsky afirma sobre a gramática)
  • Quais são as causas de nossas variações morais culturais?
  • Até que ponto nosso senso moral depende do domínio de ponderações específicas e imediatas?
  • Que limitações ocorrem na criança ao esta adquirir a capacidade moral?
  • Os psicopatas possuem um déficit na moral ou déficit em unir conhecimento moral com os comportamentos moralmente apropriados?

Questões retiradas do site de Harvard, do departamento de Damásio.

4 comentários:

  1. Existe a moral?
    Ela é um fato que é diretamente relacionado ao ser humano, como uma forma de instinto ou é uma lavagem cerebral que sofremos por viver em sociedade?

    Os valores que nos são imputados e a forma como o são, anulam o a razão original do conceito.

    Somos educados para nossos pais não passarem vergonha, somos inteligentes para enriquecer, queremos ser bonitos para que nos bajulem, não matamos pessoas porque existem consequências.

    Todas essas são verdades incontestáveis, assim como os abortos sociais gerados por uma infinidade de fatores, entre eles a forma "errada" como os valores "certos" foram passados ou a forma certa como os valores errados foram ensinados, o que pode ser pior mas que acredito ser tão ruim quanto.

    PENSEM pessoas.
    DIGAM o que pensam
    HOJE o conhecimento é compartilhado
    APROVEITEM

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  2. Prático como gosto de ser, os fins não justificam os meios nesse caso?

    Os valores certos passados de forma errada mas que acabam por representar um resultado satisfatório (não matar me parece mais que satisfatório), não cumprem seu objetivo?

    O que me intriga é saber como um valor errado pode ser passado da forma correta, éle é corretamente equivocado ou acertadamente incorreto? Não cheguei a uma conclusão...

    Penso que a moral possui sim uma certa gramática, que acaba por ser limitada por regras básicas sem as quais a convivência em sociedade ficaria inviável (Ubi jus, ibi societas, Ubi societas, ibi jus).

    Não sou filósofo nem chego perto disso, mas de vez em quando é bom parar e pensar um pouco, faz bem... hauhauhauhua...

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  3. Valentino.

    A definição de satisfatório é restrita e relativa, o que te satisfaz não necessariamente o faz a mim e vice-versa, tomar por satisfatório, por exemplo, cumprir o seu papel dentro da sociedade, acredito ser um erro, não me daria por satisfeito sendo apena um cidadão que cumpre com suas funções e paga seus impostos.(apesar deles serem muitos)

    Respondendo à sua dúvida, posso dar um exemplo claro e conhecido. Pessoas no Japão que não passam no vestibular ....é errado estudar e querer ter sucesso na vida? De forma alguma, agora quando isso é imputado a alguém com apenas 17 ou 18 anos toda essa responsabilidade e cobrança desmedida podem ter um desfecho trágico. Lembre-se de Durkhein e suas teorias do suicidio.

    A gramática da moral tem que obedecer a mesma regra que a grámatica das linguas segue e ser respeitada e flexivel ao meio em que ela está presente.

    Abraço VALENTE! =D

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  4. Brunão,

    Em relação à definição de satisfatório eu concordo com você em partes, a insatisfação é o que faz com que a sociedade "evolua", ou melhor dizendo, faz com que a sociedade mude,e o que hoje é satisfatório e aceito pode não ser no futuro como não foi no passado.

    Porém lembre-se que mesmo a flexibilidade gramatical é limitada, nessa analogia, isso implica (no campo da moral)em valores pétreos, restringindo portanto as mudanças, pois mesmo em uma sociedade como a nossa, que se atualiza de maneira quase caótica, certos valores morais permanecem intactos.

    O exemplo que você usou ilustra bem o que foi dito, analisando por esse prisma eu entendi sua colocação acima, o certo que implica no erro, e no caso, um erro fatal...

    Abraço pra você, qualquer dia vamos tomar uma breja filosófica lá perto do Mack...ahuahuahuah...

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Filosofando