Ateus, céticos, agnósticos, pseudo-céticos, crentes. A antiga luta ateu x crente que levanta calorosos debates e risadas ainda se movimenta. A questão de acreditar ou não em algo superior é tão séria que qualquer pessoa, em alguma fase de sua vida buscará seu posicionamento e suas justificativas sobre o que e como crer (ou não).
Vou deixar de lado, neste post, os argumentos utilizados por cada lado e suas falhas a acertos. Me lembro aqui, de uma senhora insuportavelmente chata que me pegou no ônibus, querendo me converter e não acreditava que eu não acredito em nada.
Por hora, deixo alguns conceitos que podem ajudar alguém a se esclarecer
Teísta: Usado aqui como todo aquele que crê em alguma deus, seja ele qual for. Vejam bem, independente de qual religião o indivíduo segue. É um dogmático pois afirma uma verdade que não pode ser contestada. Se inserem aqui qualquer pessoa que segue alguma religião, que não segue mas acredita em deus ou em uma forma superior de inteligência.
Ateu: É quem nega que haja deus ou alguma realidade que se possa chamar de divina. Também é um dogmático pois afirma uma verdade que tende a ser definitiva. Porém, este é um dogmático "negativo": enquanto o teísta afirma que há, o ateu afirma que não há. A maioria das pessoas que duvida da existência de deus se auto intitula ateu (erroneamente).
Cético: Os céticos se opõem ao conhecimento seguro. Duvidam da capacidade humana de afirmar qualquer coisa com certeza apodíctica, incluindo aí a existência de uma inteligência superior (e incluindo aí a própria certeza desta afirmação, o que geraria, para alguns, o paradoxo cético). A palavra deriva do verbo grego sképtomai que significa algo como "olhar cuidadosamente", "vigiar", "examinar atentamente". Logo, o cético seria "aquele que olha cuidadosamente" na sua busca pela verdade, antes de pronunciar-se sobre algo, antes de tomar alguma decisão. O fundamento da atitude cética é a cautela, o cuidado e a examinação.
Agnóstico: significa, literalmente, "aquele que não sabe". Agnosticismo é a postura daquele que "não sabe" ou "não pretende saber". O termo original foi usado para se opor àquelas doutrinas segundo a qual é possível conhecer mais coisas que a ciência permite. O agnóstico nega a possibilidade de conhecermos deus, diz que não temos métodos para conhecê-lo de modo válido.
Definidos em relação aos posicionamentos, vamos a um vídeo que achei muito interessante. O mais curioso é a ironia em perceber como os ateus, no vídeo, se apropriam de argumentos dos teístas e os teístas, para negar o absurdo, se apropriam dos argumentos ateus.
Terminado o vídeo, alguns esclarecimentos sobre ceticismo.
Deve-se atentar para as peculiaridades do ceticismo teórico e prático. Do ponto de vista teórico, o ceticismo é uma doutrina do conhecimento segundo a qual não há nenhum saber firme ou opinião segura. Do ponto de vista prático, consiste em uma atitude de não aderir a qualquer opinião, na suspensão dos juízos (a chamada epoké), em busca da paz interior. Imediatamente podem estar passando pelas cabeças pensantes de vocês a problemática que o ceticismo gera no que concerne ao agir: se não posso afirmar nada com certeza e se tenho que suspender meus juízos todos, o que devo escolher, isto é, como devo agir, viver? Pois é, como? Deixo-os pensando um pouco sobre isso.
Até o próximo!!
Ao som de: Depeche Mode - Personal Jesus
Outro dia mesmo encontrei as inicias OC nas sementes de um kiwi
ResponderExcluir@OCriador tá me subestimando..
Vocês ateus veem provas em tudo! É tão mais....fácil acreditar, não acham? #fail
ResponderExcluirTentando me decidir em qual dos tópicos me encaixo.
ResponderExcluirDiscutir dogmas religiosos sempre foi em vão pra mim. "Tanto faz"(pra não me atirarem pedras)pois há sempre um turbilhão de pessoas discordando do que achamos ou não e todo esse mimimi só tende a aprendermos a calar a boca. Afinal, se o crente tá feliz indo pra igreja, se o budista tá feliz idolatrando o Buda, se os que estão livres de religião estão respeitando os demais,pra quê querer se encaixar ou converter o outro? Vale mesmo a pena?
ResponderExcluirSinceramente, se os fanáticos religiosos extremistas não vierem me aplicar nenhum tipo de ideia, ou se QUALQUER pessoa não quiser me fazer acreditar numa religião. Eu juro que até então não to nem ligando.
Pensar no que não vemos cansa.
Estão muitos bons, gostei mesmo.
ResponderExcluirSou licenciada em filosofia, e vou fazer mestrado em teologia... E adorei a tua visão dos diversos temas.
Nana
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHAHAHA xD se o evangelho de Jesus fosse mentira... não seriamos perdeguido até hj, vc's não acham ????
ResponderExcluirFiquem com DEUS.
Caro anônimo, não sei o que você quis dizer com isso, que tipo de perseguição, que parte do evangelho? Também não sei se você aprendeu concordância na escola.
ResponderExcluirPode ficar com deus.
P.S.: Só lembrando, o único evangelho supostamente escrito por Jesus é considerado apócrifo e não é reconhecido pelos católicos. Então também não sei dizer o que você quis dizer com "evangelho de Jesus".
na grande maoria do tempo sou cético, questiono e deixo o julgamento de lado.
ResponderExcluirqdo me deparo com um fanático ou alguém que se acha insignificante e espera uma solução do céu, me transformo e ateu, quase militante.
no fim de semana, assistindo meu futebol, quase caio na tentação do teísta...rs.
Brincadeiras à parte, sou um cético. Acredito no potencial humano, e acho que ainda temos muito a desenvolvê-lo. As perguntas desenvolvem mais o homem do que as verdades (dogmáticas).
Gostei demais do post e do vídeo. essas definições simples, claras e didáticas são ótimas.
Fico muito feliz em ver a filosofia assim, bem acessível a todos, afinal, é uma ciência mais do que humana.
Morte aos ateistas, Jesus comanda.
ResponderExcluirEsse aí em cima...
ResponderExcluirComentário típico de de um cego, que nega tudo e idolatra uma verdade absoluta que não pode ser provada...
Muito legal vídeo, professor!
Jesus Rules! ahahahahaaha
ResponderExcluirNa verdade o conceito que importa acredito eu, seja o respeito, essencialmente o respeito.
Entender as pessoas dentro de suas limitações, diferenças, necessidades e desejos é o que nos cabe fazer, a partir dai toda discussão que for gerada será pacífica e harmônica.
Não se pode tapar as vistas para a realidade de cada um, discutir se você concorda ou não, é algo com um cunho muito mais ameno e verdadeiramente intelectual do que confrontar o outro com a sua realidade.
Luiz: Obrigado pelo ponto de vista e pelos elogios! E realmente, as perguntas movem o mundo e são nosso incentivo (filósofos, cientistas..). Tanto que quando achamos uma hipótese momentaneamente satisfatória (o que chamamos de "Verdade") logo corremos para outra questão.
ResponderExcluirDoug: Exato.
Ruan: Obrigado pela visita! Estou lendo seu site, muito bom!!
Don Bruno: O respeito e compreeonsão na relação Eu-Tu é fundamental para gerar um Nós que seja respeitável. Porém penso que as discussões e o embate de ideias são fundamentais, afinal é o diálogo que gera o movimento de descoberta. Sem discrodância as ideias caminham mais lentamente!!
Abraços a todos!!
A sociedade precisa de pessos críticas como você! E que passem sempre para frente! Parabéns! E a temática do conheciemento! O que podemos conhecer é fascinante!
ResponderExcluirNo meu blog têm um reconhecimento para você!
Um abraço,
Caro Thiago:
ResponderExcluirEntrei no seu blog através dos "contatos" do Prof. Francisco. Gostei muito, tanto da forma quanto do conteúdo.
Especificamente sobre o vídeo, ele foi realmente muito bem pensado. O último argumento, então, trazido à luz pelo clérigo, foi justamente um "tiro no pé". Ao afirmar que foi uma simples modificação, ele introduz o acaso, retirando toda a força do argumento da necessidade de um "criador".
Ótimo vídeo e ótimo achado o seu.
Parabéns.
Tornei-me já um "seguidor" seu. Espero que tenha um tempinho para fazer uma visita ao meu blog
http://spinozaeamigos.blogspot.com/
Sou cristão convicto, e não vejo problema algum no Teísmo. O meu melhor amigo é Ateu, a nossa convivência o fez ficar cético, segundo a definição acima (o que já é uma mudança).
ResponderExcluirO que eu vejo em muitos ateus ou céticos é o preconceito com que crê em Deus, o meu amigo mesmo disse que antes de me conhecer achava que crente era uma pessoa que não tinha chegado em seu nivel de inteligência.
Vai chegar o dia em que todos saberão quem está certo, o dia em que nos depararmos com a morte.
Não concordo que não devamos discutir pontos de vista, isto faz com que cresçamos enquanto pessoas, o importante é que haja respeito entre as parte.
Quanto ao proselitismo, o meu modo de ser é: vivo uma vida de forma que os outros queiram viver como eu, assim prego o evangelho, vivendo-o e peço a Deus que as pessoas possam enchergá-lo através de minha vida.