quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Descobriram o problema

Descobriram o início da humanidade e, com isto, todos os nossos problemas.
É tudo uma questão de mecânica. Como já fazia Hobbes no séc. XVII, ao falar sobre o Corpo Artificial que seria o Estado ou os positivistas que mais pra frente expandiram a visão mecânica e ordenada para todas as áreas da natureza - incluindo a sociedade- o problema todo é mecânico: coisa de um parafuso solto.
 Retirado daqui , como uma dica da @banemec

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Terroristas


Olá a todos. Já está ficando batido eu postando textos do Pondé aqui. Mas ele é muito bom,muito corajoso.
Sobre essa empreitada em condecorar o Assange e se dizer chocado ou revoltado com os fatos apresentados pelo WikiLeaks,oras,só sendo muito ingênuo pra realmente se incomodar com isso. Pois, das duas, uma: ou é ingênuo o bastante para nunca ter pensado nem percebido isso, ou é ingênuo o bastante para achar que democracia,política e diplomacia se fazem sem segredos e a panos limpos.
 
No mais, só vejo as duas explicações que seguem: todo esse apoio e gritaria pelo Assange é a tradução do ódio pelos EUA, aquela coisa de colegial que acaba de descobrir o marxismo. Ou então a catarse geral que, de tempos em tempos, aparece movido por alguns casos veiculados pela mídia e que se transformam numa caça às bruxas, estilo casal Nardoni.
 
Se alguém que souber de leis e estiver lendo isso puder me esclarecer alguns pontos, seria muito interessante pra mim, de verdade: Como é a legislação penal referente divulgação de dados sigilosos? Como os dados sigilosos são tratados na lei? Existe algo específico para isso ou são apenas dados 'escondidos'? 

 

Nosso mundo é muito mais complexo do que nosso "coração de estudante" consegue imaginar 
 
E O TERRORISTA do WikiLeaks brinca de justiceiro acusando os EUA de inimigo da democracia. Piada idiota. E tem gente que crê nessa bobagem. Os EUA não são santos, ninguém é.
E o Brasil reconheceu o Estado Palestino. E a diplomacia brasileira brinca de amiguinha do presidente do Irã, um ditador da idade da pedra.
No que se refere ao Oriente Médio e ao terrorismo islâmico (que não é igual ao Islã em si), a diplomacia brasileira é ideológica, o que é a mesma coisa que dizer que parece papo de estudante comunista (outra coisa da idade da pedra).
Vale dizer que a culpa é dos professores que fizeram das universidades verdadeiras madrassas do fundamentalismo de esquerda, doutrinando os alunos ao seu bel prazer.
Madrassas são escolas de teologia islâmica, às vezes parasitadas pela teologia do terrorismo islâmico, mas que, obviamente, não se reduz a isso.
E há gente (infantil) que não entende que o Ocidente está em guerra com o fundamentalismo islâmico. Nunca haverá paz. E isso nada tem a ver com gostar de guerras. 
Gente normal não vai pra guerra porque gosta, vai porque não tem outro jeito. Eis um fato que cinderelas não suportam.
A maioria de nós por aqui não sabe o que é odiar alguém a ponto de ir pra guerra. E acredita mesmo naquele papinho de professor de ciências humanas sobre guerras poderem ser resolvidas com "amor ao próximo" ou "justiça social internacional". Blábláblá.
Pouco importa se continuamos a doar dinheiro para crianças da África. Pouco importa se continuamos a nos olhar no espelho com o intuito secreto de nos emocionarmos com nossa própria sensibilidade.
Ainda assim há uma guerra com o terrorismo islâmico. Pouco importa se você acredita que o "outro" seja sempre legal (mentira, existem "outros" que são o fim da picada), ou se você não cresceu o bastante para não viver como cinderela.
O mundo é mais complexo do que nosso "coração de estudante" imagina.
Ódio + conflito de interesses = guerra. Entendeu? Vejamos. Você já brigou por um espólio de um pai morto? Já deixou de falar com seu irmão por conta de uma casa velha caindo aos pedaços? Já rompeu relações com alguém que amava loucamente no último verão e hoje o odeia com a certeza de um vulcão? Agora pense: seria o mundo diferente de mim e de você e nossos minúsculos conflitos de interesses?
Vejamos um exemplo "banal". Fronteira da cidade de Belém (sob controle da muitas vezes corrupta Autoridade Palestina) com Israel. Na fronteira, homens e mulheres, palestinos, fazem fila pra entrar em Israel. Muitos lá trabalham. Policiais os revistam. Corpos, bolsas, mochilas. Tudo desagradável.
Infelizmente, em meio a estes infelizes muitas vezes podem estar terroristas "disfarçados". A única solução é revistá-los. Procedimentos assim garantem o cotidiano de pessoas comuns em tempos de guerra.
Eu sei que você vai dizer isso e aquilo sobre quem começou a história. Em números mais fáceis, começou com os romanos. Ou, mais contemporaneamente, aconselho você a ler "Mitos e Fatos, a Verdade sobre o Conflito Árabe-israelense" de Mitchell G. Bard.
Antes que alguém diga "mas ele é judeu!", lembre-se que muitos não estranhariam que um "árabe de esquerda" falasse mal de Israel. Provavelmente assumiriam como verdade óbvia o que ele diz.
Em situações piores, a violência pode não ser apenas psicológica, mas também física. Eu sei que você e eu podemos ficar chocados com abusos americanos, ingleses ou israelenses. Filmes e fotos de abusos abundam na mídia.
E aí, as cinderelas gritam: "olhe como fazem os americanos"! Pergunte-se, pelo menos uma vez: o fato de que você, em seu apartamento com TV a cabo, pode ver essas imagens significa o quê?
Significa que você vive numa democracia, coisa diferente do Irã e dos currais dos terroristas islâmicos. Você sabia que em alguns países islâmicos se você pregar outra religião irá pra cadeia? Eles expõem seus "torturadores" publicamente?
Agora acorde, tome um remédio contra o "coração de estudante" e vá trabalhar.

 

 

 
Ao som de: Beatles - Blackbird

sábado, 21 de agosto de 2010

ProUni não garante meta de jovens na universidade

Governo não conseguirá pôr 30% de jovens na universidade até 2011, diz TCU

Técnicos preveem que meta seja atingida em 2020; programa é bem concebido, mas existem falhas, afirma relatório

DIMMI AMORA

DE BRASÍLIA 
Mesmo com o ProUni, programa de bolsa para o ensino superior em instituição particular lançado em 2004, o governo não vai cumprir a meta de pôr 30% de jovens (18 a 24 anos) na universidade até 2011. É o que diz relatório do Tribunal de Contas da União aprovado nesta semana.
O documento classifica a iniciativa do ProUni como bem concebida, mas aponta problemas, como falta de indicadores de desempenho e baixo número de atendidos.
Outros entraves para se alcançar a meta, estipulada em lei no Plano Nacional de Educação de 2000, são, segundo o TCU, a queda no ritmo de crescimento de estudantes do ensino médio e o baixo número de vagas em universidades públicas.
O programa vem sendo usado como exemplo de sucesso pela candidata do governo à Presidência, Dilma Rousseff (PT), que já se comprometeu a ampliá-lo e a introduzi-lo no ensino médio.
Seu principal opositor, José Serra (PSDB), prometeu um programa semelhante de bolsas para o ensino técnico. Mas o DEM, principal aliado do candidato, está contestando o programa na Justiça.
O percentual de jovens no ensino superior passou de 10,5% em 2004 (início do ProUni) para 13,9% em 2008. Em 1993, eram 5%. Os técnicos fizeram uma curva estatística em que só em 2020 a meta de 30% será atingida.
Mas talvez nem em 2020 ela seja alcançada. Um dos gráficos aponta que a curva da taxa de crescimento dos alunos que concluem o ensino médio está declinando.
O percentual de jovens nessa fase passou de 37% para 43% entre 2001 e 2003 (seis pontos percentuais em dois anos). Mas, nos quatro anos seguintes, evoluiu apenas cinco pontos (foi a 48%).
Mesmo com poucos concluintes do ensino médio, a quantidade de vagas do Prouni ao ano corresponde a apenas 1,1% dos jovens com ensino médio completo. Outra crítica é à falta de indicadores de desempenho.
Segundo o relatório, o Ministério da Educação tem "nulo conteúdo informativo em termos das dimensões de permanência e de desempenho acadêmico [dos bolsistas]". Sem isso, afirma o TCU, é impossível avaliar a efetividade do ProUni.
Mesmo com problemas, o relatório diz que o programa consegue atender 90% da população de baixa renda.
Sem o ProUni, os mais pobres comprometeriam em média 47% da renda para manter os filhos na universidade, e no mínimo 30% das pessoas que usaram a bolsa (cerca de 200 mil) não teriam chegado à universidade.

Fonte aqui

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Abel

Faz tempo que não posto aqui e, quando posto, resolvo colocar um texto que não é de autoria minha. Sempre posto textos do Pondé aqui, gosto da sua sinceridade ao escrever, o que faz com que todo mundo se identifique com, ao menos, alguma coisa do que está nos seus textos. Esse não poderia ser diferente. Compartilho com vocês pelo que me reconheço neste texto, como se eu sempre quisesse escrever isso mas nunca soubesse como. 

E hoje vai sem ilustração pois ainda estou sem o Photoshop.


ABEL

CARO LEITOR, sou um pobre de espírito. Não daquele tipo que herdará o reino dos céus, como afirma Jesus no "Sermão da Montanha". Não há lugar pra gente como eu no reino dos céus. Por uma razão simples: não amo ninguém mais do que a mim mesmo. E isso é mortal. Sempre foi. Os mentirosos é que tentam dizer o contrário. Não partilho da nova "ciência do egoísmo", essa que se traduz em livros e revistas que buscam "novas formas de espiritualidade" centrada no amor próprio. Ou nessa coisa horrorosa chamada "autoestima".

Tampouco fiz de mim um budista light, desse tipo que parasita as religiões orientais com a intenção de inventar uma espiritualidade que sirva ao clássico egoísmo moderno, numa salada mista de energias hindus com Jung barato. Antes de tudo, recuso o budismo light por um mero senso do ridículo que habita essas formas mesquinhas de espiritualidade.

Com isso quero dizer que não trocaria o reino dos céus por alguma forma quântica de paraíso egoísta, ao sabor da espiritualidade de livrarias de aeroporto do tipo "O Efeito Sombra", cujo subtítulo é "Encontre o Poder Escondido na sua Verdade", dos "guias espirituais" Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson, perfeito para almas superficiais amantes de toda forma de espiritualidade mesquinha.

O que é uma espiritualidade mesquinha? Fácil responder essa. Espiritualidade mesquinha é, antes de tudo, uma forma de crença que deforma a face do crente, iluminando seus caninos ocultos. Aquela que sempre medita com o objetivo de nos tornar mais poderosos e bem-sucedidos. Essa praga espiritual está em toda parte porque, simplesmente, não conseguimos entender que, para salvarmos nossa vida, temos que perdê-la. Jesus tinha razão.

O principal obstáculo para se libertar do mal é o "eu". Essa peste que contamina todo ato humano. Como vampiros de Deus, queremos fazer até da "sombra" (do mal em nós) um serviçal de nosso sucesso.
Sou um pobre de espírito. Passo horas temendo o abandono, o desprezo e a indiferença. Comparando meus pequenos sucessos com os mais infelizes do que eu. Ainda bem que eles existem. Rezo para que o mundo me ame. Em meus pesadelos sempre sou o último dos amados do mundo. Quando encontro alguém melhor do que eu, perco o sono, quero destruí-lo. Sua respiração me sufoca. Sua generosidade me humilha. Seu sorriso é uma prova de que fracassei em amar o mundo.

Que o leitor apressado não pense que estou numa crise de autoestima. Que o leitor crente nessas formas de espiritualidade mesquinha não aplique psicologia barata ao que digo, tentando justificar tudo que lê com alguma hipótese acerca do cotidiano de quem escreve. Você não me conhece. Mas seguramente conhece a miséria que vos falo: quem ama alguém mais do que a si mesmo?

Não vale jogar na cara dos outros amores maternos e paternos ou filiais. Na era do "direito à felicidade do indivíduo", até a ciência já está provando (vide o diagnóstico apresentado pelo caderno Equilíbrio desta Folha no último dia 3/8) que ter filhos é um mau negócio.

Pais e mães são mais estressados do que adultos sem filhos. E é a mesma ciência que agora "descobre" a miséria dos pais, que a cria, em grande parte, com suas demandas "cientificas" de aperfeiçoamento da função parental. Ninguém mais sabe ser pai e mãe sem a palavra de uma especialista. Como sempre digo, a mania de criar um "homem" melhor vai nos destruir a todos.

Como idiota digital que sou, busco rapidamente na internet alguma nova teoria científica ou política que prove que ninguém é melhor do que ninguém. Que nos reúna num ato de mediocridade comum. Alguma nova técnica de treinamento em recursos humanos que devolva a mim minha falsa glória. Meu objetivo é fazer inveja a Deus.

Entendo Caim em seu ódio por Abel. Ao contrário das bobagens que afirma Saramago em seu livro "Caim" -críticas típicas de quem nada entende acerca da tradição bíblica porque permaneceu infantil espiritualmente-, Caim não suportou o fato de que Abel era melhor do que ele e por isso o matou. Existe algum Abel aí ao seu lado? 

terça-feira, 20 de julho de 2010

O poder da religião na esfera pública

Em "O Poder da Religião na Esfera Pública", Judith Butler, Jürgen Habermas, Charles Taylor e Cornel West interrogam sobre a especificidade da religião e da razão secular, disposições e orientações éticas em relação às políticas democráticas, cada um tomando uma vertente diferente do complexo entrelaçamento entre religião e esfera pública no mundo contemporâneo.













Os ensaios que compõem esse volume incluem "The Political: The Rational Meaning of a Questionable Inheritance of Political Theology" (O Político: O significado racional de uma herança questionável de Teologia Política) de Habermas; "Why We Need a Radical Redefinition of Secularism" (Por que precisamos de uma definição radical de secularismo) escrito por Taylor; "Is Judaism Zionism?" (É o judaísmo um zionismo?) por Butler e "Prophetic Religion and the Future of Capitalism Civilization" (Religião profética e o futuro da civilização capitalista) escrito por West. Cada capítulo foi originalmente apresentado como uma fala em um recente simpósio co-patrocinado pelo SSRC, o Institute for Public Knowledge na NYU, e o Humanities Institute  do Stony Brook. Os materiais relacionados a esse evento, incluindo gravações em áudio e transcrições dos painéis, estão disponíveis aqui.

"O poder da Religião na Esfera Pública", com edição e introdução de Jonathan VanAntwerpen e Eduardo Mendieta, com pósfácio de Craig Calhoun, está disponível pela Columbia University Press e SSRC

Retirado daqui, com tradução própria.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

você é um doador de órgãos?

Oficialmente ainda não. Mas serei doador.E quero meu corpo cremado.O resto é história.

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domingo, 20 de junho de 2010

eu to no terceiro ano, e sinceramente nao sei o que eu quero prestar no vestibular. E eu vejo todo mundo decidido e tudo mais, e eu perdido aqui. voce tem algum conselho pra isso?

Não se preocupe, você não é o único.Não tenha pressa em decidir isso logo,talvez não tenha a maturidade necessária.Poucos a tem,daí as desistências no meio do curso.Se preocupe em se conhecer e saber o que você quer da vida. Afinal, uma boa profissão é isso: um estilo de vida. Consulte um psicólogo vocacional,faça testes, pense no ambiente que você deseja pra daqui a 6 ou 7 anos.

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